Rádio ONDA FM

Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: O movimento Hip Hop e os narradores urbanos
Emissora: Onda
Data: 01.02.2024 (20h00)
Qtde. Participantes: 5

PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO

  • A reunião foi realizada virtualmente no dia 01.02.24 (20h00).
  • O grupo estava composto por cinco (5) pessoas – 1 homem e 4 mulheres.
  • As idades dos participantes estavam entre 28 e 55 anos.

EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO

  • Foram ouvidos entre 2 e 5 episódios do programa pelos participantes do grupo.
  • Os episódios do foram ouvidos no sintonizador de rádio do celular, pelo youtube e via internet.
  • Os participoantes do grupo ouviram posteriormente, exceto quando através do sintonizador de rádio.

VERBATIM

  • Eu cheguei a ouvir uns 2 episódios aleatórios, como eu estou sempre ali na região com o fone acompanhando a programação da rádio daí eu peguei uns 2 episódios sobre o Hip Hop que é um segmento que não é da minha área, mas é bacana por trazer uma nova abordagem desse tema. Muita gente não tem o conhecimento ao que é o Hip Hop e eu comecei a ver que é importante na nossa região periférica que muita gente não sabe o que é o hip hop.
  • Celular, sintonizador de rádio no celular, na frequência mesmo, no 875.
  • 3. Meu celular mesmo. Pelo Youtube que eu acompanho a programação da Onda. Depois.
  • Eu não tenho rádio em casa, então eu faço tudo pelo celular que é a minha ferramenta. Eu acompanho pelo Youtube. Eu ouvi assim uns 4 ou 5 episódios e o hip hop é a minha preferida. Eu acompanhei a história do hip hop que começou nos meados dos 70s, eu sou nascida em 68. Desde esse início até essa atualidade de hoje que vem uma molecada jovem com um pouco mais de tecnologia, mas partindo do mesmo princípio de sempre. Nós somos a raiz do hip hop.
  • Posteriormente. Dificilmente eu consigo acompanhar tudo.
  • Chegou no nosso país um pouco depois, mas enraizou da mesma forma e até hoje é usado como estilo de vida.
  • Eu ouvi 2. Eu assisti pelo Youtube posteriormente.
  • 3, através do celular no intervalo do almoço. Foi depois.

AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU

  • Os aspectos mais apreciados do programa foram:
    – Falar da cultura (bairro, população e cultura do bairro)
    – Mostrar o surgimento do movimento
    – Hip hop promove a integração de pessoas (mostrar que)
    – Mostrar que o hip hop e o grafitti estão juntos / ligados

VERBATIM

  • Então fala muito da cultura, mas a música me interessou, me conquistou um pouco depois. Fala muito no caso do bairro, da população, da cultura do bairro. Eu achei muito interessante porque trata muito de cultura.
  • O segmento hip hop faz a inclusão das pessoas, a molecada adolescente que está em casa e tem algo para falar e através do hip hop conseguem expressar aquilo que sentem. Não conseguem falar diretamente, mas conseguem expressar o que estão sentindo pela música e o que os amigos também estão sentindo porque eles muitas vezes não se abrem com os pais, mas se abrem com os amigos.
  • Eu gostei porque eles vieram primeiro falando da cultura, de onde surgiu, como chegou até o Brasil então trouxe bastante informação para nós. Eu não sabia, eu não curto muito o hip hop, mas eu tenho um filho de 5 anos que gosta bastante.
  • Eu gostei da cultura e agora também com a internet modernizou bastante.
  • Que o hip hop e o grafitti estão juntos, não tem como falar de um sem falar do outro. Estão ligados. Gostei porque vendo o grafitti a gente já lembra do hip hop. O grafitti já mostra.
  • O que mais me chamou a atenção foi sobre o grafitti também. Porque o grafitti é uma forma de expressar todo o nosso sentimento, também traz uma informação visual e acaba melhorando a aparência de muitos lugares da nossa cidade. Na minha rua mesmo foi feito um grafitti. Era um lugar onde o pessoal colocava lixo e tal e ai depois colocaram os pneus com flores e sinalizaram que ão era legal jogar lixo ali. Aí a pessoa olha
  • Fizeram a reportagem sobre o rap e o cara forte era o Racionais, a gente sabe que tem outros, o Sabotage que já morreu, mas o Racionais ele evoluiu com o tempo mas ele sempre trouxe para a periferia uma marca forte de luta pelos nossos ideais, colocou algumas coisas nas letras que as pessoas não entendiam sobre violência mas é uma coisa que a gente não pode negar, a gente vivia e a racionais não era levar coisa ruins mas mostrar a verdade dos fatos. Pessoas jovens, pessoas menos favorecidas, pessoas negras, mas os Racionais nais sempre usaram essa coisa da violência para as pessoas entenderem que é algo que o sistema quer que a gente conviva com isso, então a gente tem que mudar isso através da educação e com o tempo eles diminuíram esse nível poque as pessoas começaram a entender isso através do estudo e eles não precisaram ser mais tão explícitos.

FORMATO DO PROGRAMA

  • O formato do programa foi avaliado de forma positiva
    – Houve acerto na escolha do tema (hip hop) porque interessa à população periférica.
    – O formato podcast (“está em alta”).
    – Fez com que o ouvinte se sentisse “na conversa” / participando.
    – Formato possibilitou escutar o programa enquanto fazia outras atividades em casa.
    – Trouxe informações sobre origem do hip hop, rap e funk.

VERBATIM

  • Eu achei um formato bem inteligente que aborda temas que a maioria da população periférica se interessa
  • O hip hop foi um tema muito inteligente porque a grande maioria da periferia tem uma paixão pelo hip hop.
  • O formato foi bem inteligente porque foi uma forma de podcast que está muito em alta (esse formato). A pandemia abriu vários programas com muitas pautas e as pessoas acompanhando. O podcast veio trazer o conhecimento de muita coisa.
  • A gente sente próximo da conversa como se estivesse acompanhando de frente.
  • Eu gostei porque vai explicando e a gente pode até estar meio ocupada, mas vai escutando, acompanhando. ESCUTANDO E fazendo alguma outra atividade dentro de casa sem deixar de ouvir. Não está aparecendo a pessoa então a gente não precisa estar acompanhando, fixada.
  • Eu achei muito interessante porque trouxe conhecimento para a gente porque o hip hop, o rap, o funk eles trouxeram o conhecimento da origem
  • Tem muita desigualdade, muito preconceito, então eles trazendo para nós esse conhecimento foi muito importante e até eu passei a gostar mais. Quando a gente tem um conhecimento a gente passa a gostar mais porque a gente sabe de onde veio.
  • Criativo quando eu vi. Tanto que eu passei para as minhas filhas que são pré-adolescentes e estão naquele ritmo todo de dança e isso e aquilo. Acho interessante, apresentei para elas e gostaram e vão continuar.

O QUE MAIS IMPRESSIONOU

  • O que mais impressionou os participantes do grupo foi:
    – O depoimento do Ryan
    – Tocar “muito da periferia”
    – Mostrar a história das pessoas
    – Possibilitou entender melhor a história deles, pelo que passaram
    – A capacidade que os artistas tiveram de expressar seus sentimentos através da música e do grafitti

VERBATIM

  • Toca muito da periferia, adolescentes crianças que eu acho bem bacana, aquele andamento de música, de atualidade eu achei interessante para passar para elas.
  • Bom, acho que…a forma como a gente prejulga o que não conhece muito bem. Eu não conhecia muito bem a história de algumas pessoas, de alguns MCs, parte do hip hop. Quando você vê a história dele você pensa, caramba, de repente a pessoa age de certa forma meio ríspida, ou seja, lá o que for por causa do que passou lá atrás então a gente acaba julgando as pessoas e depois vê que a pessoa é daquele jeito porque passou por isso, isso e isso. A gente passa a olhar sem prejulgamento. Isso eu achei interessante. Falei: agora vou começar a olhar com um olhar mais sensível no geral seja qual for o segmento. Primeiro ouvir a história da pessoa para depois julgar. Não ficar achando que porque é hip hop é o maior bandidinho, falando o português correto. E não é bem isso, são pessoas normais que passaram por dificuldades e agora estão mudando as suas vidas através da música.
  • Independente de cultura o hip hop não tem cor. Ainda hoje em dia existe algum preconceito com os tipos de música.
  • Ah, o depoimento do RYAN que é um moleque novo que veio para esclarecer a diferença do RAP e do TRAP. Nós da década de 60, 70 ficou achando que essa molecada que está chegando agora está mudando tudo e nós somos raízes. Realmente o legado é nosso, mas a gente consegue ver que esse legado não foi destruído, é legado por isso mesmo. Ele se adaptou e o RYAN é moleque novo e ele respeita isso tanto que ele fala que não tem diferença entre o TRAP e o RAP, tem uma continuação.
  • Eles adaptaram algumas coisas até em função da tecnologia.
  • Ele está lutando para que os jovens saiam da criminalidade apesar dessa criminalidade de hoje já existia na minha época só que hoje eles têm um veículo mais rápido que é a internet e a aparelhagem de som e eles conseguem chamar a atenção da molecada para esse tipo de movimento. Para tirar o jovem da periferia da criminalidade para que ele entenda que morar na favela não é algo vergonhoso a partir do momento que ele foca da favela um lar e que ele lute para sair dali de uma maneira melhor.
  • Com certeza foi a capacidade que eles tiveram de expressar os seus sentimentos através da música e da dança e com o grafitti junto.

O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA

  • Algumas “descobertas” foram feitas pelos que ouviram aos episódios do programa:
    – Que o hip hop começou na década de 70
    – Os aspectos da vida pessoal dos artistas / a história de alguns integrantes

VERBATIM

  • Eu nasci em 96 e eu não sabia que o hip hop veio da década de 70. E que tinha surgido em NY. Achei que ele era mais para cá, dos anos 2000.
  • Eu ia falar a mesma coisa. Eu sou de 90 e não sabia.
  • As vidas pessoais deles. Basicamente isso. A vida de cada um, as vestes, os points deles, os encontros deles o HIP HOP CITY que são encontros lá no Grajaú. O último encontro chegou em 5000 pessoas no Centro Cultural do Grajaú teve as batalhas em que um desafia o outro.
  • Incrível. Curti muito.
  • Detalhes, a história de alguns integrantes.
  • O movimento que foi para dentro das escolas para ser usado como uma coisa cultural mesmo com a autorização da direção das escolas.

AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR

  • Não houve críticas ao programa, exceto quanto a duração e frequência:
    – A duração dos episódios (deveria ser maior)
    – Ter (o programa) com mais frequência

VERBATIM

  • Na minha opinião acredito que seja só o tempo que poderia se estender um pouco mais, programas maiores. Mais tempo de duração do programa.
  • Quanto mais tempo a gente dedicar ao assunto melhor.
  • Eu também achei questão do tempo.
  • No geral foi bom, mas acho que poderia ter com mais frequência poque essas entrevistas eu acho que são uma vez no mês, uma vez cada duas semanas. Se fosse com mais frequência e com outros tipos de cultura eu acho que ficaria mais interessante.
  • Aumentar o tempo para a gente ficar sabendo mais, quando começa a ficar bom, acaba.
  • O tempo que é bem curto / aumentar na programação

PROGRAMAS SEMELHANTES

  • Os participantes não lembraram de programas parecidos / semelhantes

VERBATIM

  • Eu ouço podcast há bastante tempo desde que o podcast era só áudio realmente que você abaixava no ipod. Eu ouço esse estilo de programação há muito tempo.
  • Eu soube que existe, fiz um trabalho lá no centro cultural dos correios e alguns amigos falaram, mas escutar nunca.
  • Não. Nenhum.
  • Eu assisto bastante podcast falando de outras culturas. Cultura africana, mas o nome do programa em si eu não me lembro.

SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)

  • Alguns temas para futuros programas foram sugeridos:
    – Samba
    – Pagode
    – Sertanejo
    – Gospel
    – Tecnologia

VERBATIM

  • Sertanejo.
  • Gospel / Gostei da ideia do Gospel também / Eu gosto do mundo Gospel, se viesse com essa parte seria muito interessante.
  • Gosto de samba, se não é o hip hop é o samba.
  • Pagode.
  • Rock que não seja o rock pesado.
  • Sertanejo e o Gospel.
  • Tema tecnológico, a parte de informática o que vem de tecnologia seria interessante.
  • Elon Musk implantou o chip na cabeça de um ser humano, vem muita coisa pela frente.
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