Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: “Não se cale”
Emissora: Jaraguá
Data: 08.02.2025 (20h00)
Qtde. Participantes: 7
PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO
- A reunião foi realizada virtualmente na noite do dia 08.02.24 (20h00)
- O grupo estava composto sete (7) pessoas: duas (2) mulheres e cinco (5) homens com idades entre 32 e 60 anos
EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO
- Foram ouvidos entre 3 e 4 episódios pelos participantes do grupo
- O programa foi ouvido pelo celular ou computador (1 caso)
- A audição sempre se deu posteriormente, i.E., Depois do episódio ter ido ao ar
VERBATIM
- Eu escutei 4 pelo celular e posteriormente.
- Computador, posteriormente. 4 programas.
- 3 programas pelo celular. Pelo aplicativo da rádio Jaraguá. Posteriormente
- Ouvi uns 4 episódios. Não foi quando estava indo ao ar. Celular.
- 4, posteriormente. Celular.
- 3 áudios com celular, posteriormente.
- 3, celular, posteriormente.
AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU
- Os participantes do grupo gostaram do programa por diversas razões:
– O próprio tema abordado: a violência contra a mulher
– Defensoria da mulher
– Lei maria da penha
– Episódio do programa em que mulher narrou o que acontececia
– Indicadores apresentados – no brasil uma em 4 mulheres já foi agredida e uma mulher a cada minuto é agredida
– Tema é oportuno para “dar encorajamento à mulher para reverter o cenário”
– Abordagem do tema: ser explicado e objetivo
– Linguagem acessível
– Ter mostrado dois recortes: o social e o racial (“as mulheres negras sofrem mais, a quantidade é maior na mulher negra e com menos poder aquisitivo”)
VERBATIM
- Gostei pela defensoria da mulher que sendo prejudicada ela tem uma defensoria pública como se fosse a Maria da Penha.
- Da lei Maria da Penha porque trata da punição aos agressores então é muito importante.
- Os 4 falam da proteção à mulher. O que chamou a atenção foi a agilidade. Teve um programa que a mulher narrou o que estava acontecendo.
- Exatamente o tema abordado: a violência contra a mulher. A gente pensa que não acontece na vida das pessoas mas as mulheres vivem essa realidade e isso acontece no lgar que devia ser de segurança, o lar dessas pessoas.
- Os indicadores eu me assustei. No Brasil uma em 4 mulheres já foi agredida e uma mulher a cada minuto é agredida.
- Foi destacando principalmente as mulheres negras. É um tema muito oportuno para até dar encorajamento à mulher para reverter o cenário.
- Achei interessante, foi bem explicado. As duas mulheres comunicando trouxe conhecimento de coisas que não sabíamos. Trouxe também o período do COVID, mostrou coisas que estavam acontecendo e que a gente não sabia.
- Muito importante esses tópicos sobre Maria da Penha, esses estudos que fazem da quantidade de agressões. O que me chamou a atenção, que fez eu gostar foram as informações, foram informações profundas. Pronto. Só isso.
- Foi de fato a forma como foi abordado o tema, muito bem explicado e muito objetivo. Numa linguagem acessível, não foi linguajar técnico. Uma coisa que me chamou a atenção foi que além da violência contra a mulher elas trouxeram mais dois recortes que é o recorte social e o racial. As mulheres negras sofrem mais, a quantidade é maior na mulher negra e com menos poder aquisitivo.
- Eu gostei de todos os episódios. É um tema que eu gosto bastante, falei dele no meu TCC da faculdade. Foi abordado de forma objetiva, gostei das apresentadoras, de como elas falaram entre si e das pessoas que falaram.
- O legal do programa é isso, a comunicação fácil. Às vezes a gente acha que a mulher para sofrer violência tem que ter marcas nela e muitas vezes a gente não enxerga que a mulher está sendo vítima de violência doméstica. Como elas falaram: a violência pode ser psicológica, física, patrimonial. Isso precisa ser difundido. As mulheres precisam entender.
FORMATO DO PROGRAMA
- Os participantes gostaram do formato do programa:
– Por serem duas apresentadoras (“duas mulheres apresentando eu vejo que foi uma excelente representatividade”)
– Trouxeram pessoas que são experts no assunto
– Formato do programa foi “autoexplicativo” / explicativo para o público ver a situação da mulher
– Áudio bem colocado
– Duração (10 a 15 minutos) foi considerada adequada
– Entrevistas foram consideradas excelentes
VERBATIM
- Eu gostei bastante, das duas apresentadoras falando, elas trouxeram pessoas que são experts no assunto, eu vi uma mulher falando, retratando. Num programa teve a própria Maria da Penha falando e relatando aquilo que aconteceu.
- A Lei Maria da Penha é uma lei muito recente e há quantos anos as mulheres sofrem. É uma lei de 2006, precisou de uma mulher ir para fora do país para ter seus direitos e ajudou outras mulheres.
- Gostei muito do formato do programa, foi muito autoexplicativo.
- Muito explicativo e para o público ver a situação da mulher, uma prática muito útil de uma rádio trazer. É uma pesquisa para ser distribuída no Brasil.
- Áudio muito bem colocado.
- Formato legal, bem explicativo, dá para entender bastante.
- Sobre o formato pelo tema ser abordado para mulheres, duas mulheres apresentando eu vejo que foi uma excelente representatividade.
- Em segundo o tempo que varia de 10 a 15 minutos é bom, num curto espaço de tempo você consegue se dedicar num almoço, num fim de tarde. E por fim o tema é colocado e transmitido em evidências com a realidade. Pelos indicadores e pelos testemunhos dem uma das mulheres que sofreram completou o quadro. O formato me atendeu.
- Perfeito. Nem sobrou e nem faltou. Na medida certa. O tempo de cada episódio, a linguagem, os exemplos que elas trouxeram, o serviço de edição e sonorização foi bem profissional, não foi só um microfone e a pessoa.
- A parte das entrevistas foi excelente, dentro da minha visão como ouvinte, eu não sou técnico. Para mim foi perfeito.
- Trás informação que a gente não sabe que ocorre na casa do vizinho. Os relatos que a gente ouviu ajuda a gente a se preocupar mais com o próximo.
- Eu gostei bastante do formato, as duas apresentadoras excelentes, o tempo, trouxeram pessoas que entendem para explicar. Achei excelente.
O QUE MAIS IMPRESSIONOU
-
Os aspectos que mais impressionaram os participantes do grupo foram:
– Parte sobre mulheres negras (“não tinha noção de que são as que mais sofrem agressões”)
– Questão social e racial (“foram dois pontos que eu fiquei muito pensativo de que não é só tratar da questão da violência, mas tratar também dessas duas questões”)
– Maria da penha – foi agredida e ficou anos sem o marido ser penalizado (“injustiça, 1983 maria da penha sofre essa violência e depois de 19 anos o marido é condenado e, no entanto, com uma pena injusta de 2 anos. Isso resultou em 2006 esse movimento”)
– O fato da mulher que escondia que apanhava em casa
– Os altos índices de violência (“uma em cada 4 no brasil sofre violência”)
– Pandemia – “o momento que a família devia estar mais unida (…) Foi quando teve mais briga e mais agressão física”
VERBATIM
- Foi a parte que falou das mulheres negras. Eu não tinha noção de que são as que mais sofrem agressões.
- Eu não tinha a noção da questão social e da racial. Foram dois pontos que eu fiquei muito pensativo de que não é só tratar da questão. Da violência, mas tratar também dessas duas questões. Se existe esse recorte, se você melhorar a condição social do povo como um todo vai ajudar na diminuição da violência. A mulher emancipada, digamos assim, ela pode sair de casa, procurar um outro lugar para ficar.
- Foi aquela situação da Maria da Penha que foi em 1983 que ala foi agredida e ficou todo esse tempo sem penalidade para o marido dela e ele ficou praticamente solto e só depois de dois mil e pouco que ele cumpriu a pena e 2 anos só.
- A agressão à mulher negra também.
- Injustiça, 1983 Maria da Penha sofre essa violência e depois de 19 anos o marido é condenado e, no entanto, com uma pena injusta de 2 anos. Isso resultou em 2006 esse movimento.
- Sobre a Maria da Penha e sobre as mulheres negras que sofrem bastante. E tem o fato da mulher que escondia que apanhava em casa, por ser nova ela tinha medo. Mostrou para várias mulheres que não precisa ficar trancada em casa apanhando.
- Por ser nova ela tinha medo. Mostrou para várias mulheres que não precisa ficar trancada em casa apanhando.
- Os altos índices de violência. Uma em cada 4 no Brasil sofre violência. Isso é muito alto.
- E as mulheres negras, os menos favorecidos são sempre os mais prejudicados no âmbito doméstico e no âmbito profissional. A violência doméstica gira em torno do gênero, porque é mulher.
- O momento que a família devia estar mais unida, se uniram mais, foi quando teve mais briga e mais agressão física. A violência diminui a partir do momento em que ficam mais separados? O momento da pandemia era o momento para se unir e as famílias estavam entrando em desunião.
O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA
- Como “descobertas” foram reiterados alguns pontos mencionados anteriormente:
– Questão da mulher negra
– Recorte social e racial da violência
– História de Maria da Penha
VERBATIM
- As mulheres negras. Eu não tinha noção de que são as que mais sofrem agressões.
- Eu não tinha a noção da questão social e da racial.
- Situação da Maria da Penha que foi em 1983 que ala foi agredida e ficou todo esse tempo sem penalidade para o marido dela e ele ficou praticamente solto e só depois de dois mil e pouco que ele cumpriu a pena e 2 anos só.
AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR
- Algumas sugestões foram dadas para melhoria do programa:
– Aumentar a duração (episódios) para trazer mais informações.
– “O tempo está bom, o tempo de cada relato está bom, mas poderia ser mais longo para ter mais um relato de mais uma mulher.” - Divulgar o programa
– Divulgação na mídia / instagram e facebook - Deixar os episódios do programa disponíveis no site
- Deixar um contato (“um lugar de suporte no bairro do jaraguá. Um local ou uma instituição aqui no bairro”)
VERBATIM
- Poderia aumentar um pouco o tempo trazendo mais informações. Rapidamente acaba, 10 minutos voa.
- O tempo está bom, o tempo de cada relato está bom, mas poderia ser mais longo para ter mais um relato de mais uma mulher.
- Divulgação, divulgar bastante.
- Outras histórias somadas no contexto fariam sentido, mas eu falaria da divulgação.
- Na parte da divulgação mesmo, no conteúdo foi muito bom. A divulgação na mídia, no Instagram, no Facebook. Muita gente não conhece ainda a rádio.
- O programa não tem o que melhorar, estava perfeito.
- Eu entrei no site para ouvir os outros programas, eu ouvi uns 3 que eles passaram numa tacada só. Não achei no site. Deveria deixar disponível lá no site para o pessoal acessar eles.
- Deixar um contato, um lugar de suporte no bairro do Jaraguá. Um local ou uma instituição aqui no bairro. Não sei se nos outros episódios (que não ouviu) passaram isso.
- A parte da divulgação também.
- Não assisti todos os programas, mas não ouvi os locais. Não só o disque denúncia mas os locais onde as mulheres podem conseguir ajuda. Eu estudei isso e a maior reclamação das mulheres era irem até uma delegacia e não terem o atendimento adequado.
- Informar onde elas devem ir, onde conseguir ajuda de verdade.
PROGRAMAS SEMELHANTES
- Os participantes do grupo não lembraram de terem ouvido programas parecidos / semelhantes
VERBATIM
- Me lembrou muito o formato de podcast mas assim no rádio foi a primeira vez. Não me recordo de ter escutado nesse formato em outros lugares.
- Não, em nenhuma rádio ouvi esse tema, esses assuntos.
- Não. Ouvido assim não. A gente vê a notícia na televisão, mas aí já é tarde.
- Nunca tinha visto.
- Sobre o tema não, mas o formato me lembrou quando eu ouvia a CBN naquele canal em que davam as dicas para profissionais. Na própria CBN de manhã. (lembrou depois o nome: MAX GHERINGER)
- A linguagem da apresentadora Patrícia Rangel eu linkei com rádio de alto padrão.
- Nesse formato eu nunca tinha escutado.
- Eu consumo rádio pra caramba e nunca vi nenhuma outra emissora tratar do assunto com essa profundidade.
SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)
- Foram sugeridos temas para novos programas
– Denúncias de outras coisas
– O nome “não se cale” permitiria abordar vários assuntos.
– A questão do encarceramento do jovem
– Segurança pública
– Saúde pública
– A violência no bairro – assalto, violência na comunidade do bairro do jaraguá
– Oportunidades no bairro do jaraguá: vagas de empregos no bairro
– Falar de atividades para os jovens, cursos
VERBATIM
- Trazer mais denúncias de coisas diferentes ali na rádio comunitária. Ter mais programas com denúncias sobre coisas locais. Esse “não se cale” dá para abordar vários assuntos.
- A questão do encarceramento do jovem. A gente vê muita coisa que acontece, p.ex., gente sendo presa por furto de comida. Quando a pessoa é mais humilde não tem perdão e quando a pessoa é mais abastada foi um deslize, foi um distúrbio.
- Segurança pública e saúde pública.
- A violência do bairro. Assuntos do dia a dia como assalto, violência na comunidade do bairro do Jaraguá. Falar sobre a segurança, assaltos na região, informações do bairro para o pessoal ficar mais atento.
- Temas de oportunidades no bairro do Jaraguá, empregos, vagas no bairro.
- Segurança, saúde dando mais informação na questão de emprego. Tudo o que ele citou eu ia falar.
- Falar de atividades para os jovens, cursos e saúde também.
- Eu pensei em saúde mental. Isso hoje em dia no mundo todo a gente tem sido muito afetado nas nossas emoções. A vida profissional exige muito da gente. Tratar desse tema daria uma repercussão bacana.
- Outro tema seria o desenvolvimento profissional.
- O tema seria sobre drogas, quando o jovem está se introduzindo no começo das drogas para evitar essa contaminação na vida dele.