Rádio CASA VERDE FM

Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: Lendas urbanas de são paulo
Emissora: Casa Verde
Data: 08.05.2024 (20h00)
Qtde. Participantes: 5

PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO

  • A reunião foi realizada virtualmente na noite do dia 08.05.24 (20h00)
  • O grupo estava composto por cinco (5) pessoas – 1 homem e 4
    mulheres
  • As idades dos participantes estavam entre 29 e 52 anos

EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO

  • Os participantes do grupo ouviram entre 5 e a totalidade dos
    episódios do programa
  • O programa foi ouvido através do telefone celular depois de sua
    transmissão

VERBATIM

  • Eu ouvi 7 episódios pelo celular, eu ouvi do 1 ao 4 e depois o 7, 9 e 10. Foi posteriormente.
  • Também pelo celular, ouvi todos. Posteriormente.
  • Eu ouvi 6 ou 7 pelo celular também. Posteriormente.
  • Eu consegui ouvir alguns, não foi todos. Acho que 6, 7 ou 5. Ouvi depois pelo celular.
  • Eu consegui ouvir todos. Ouvi depois e foi pelo celular também.

AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU

  • Os participantes do grupo gostaram de alguns aspectos do
    programa, quais sejam:
    – Da forma como as histórias foram contadas
    – Do fato de terem aprendido / descoberto coisas que não sabiam
    – Da grande quantidade de informações passadas em cada um dos episódios do programa
    – Da duração de cada episódio (curta) – possibilita ouvir episódios em sequência
  • Alguns episódios foram destacados pelos participantes do grupo:
    – “Das 13 vítimas”
    – Loira do banheiro

VERBATIM

  • Olha, para ser bem sincera, eu fiquei muito curiosa com os episódios e fiquei com um pouquinho de medo. Mas eu gostei.
  • Gostei dos detalhes, a forma como foram contadas as histórias, as lendas.
  • Eu gostei das histórias. Muita coisa que eu não sabia eu aprendi ali. Muita coisa que eu nem imaginava, a coisa do
    casarão, como vieram as pontes, quem morou no casarão.
  • Muitas histórias ali a gente pensava que eram histórias de mentira. Por exemplo, a loira do banheiro a gente não sabia
    que aquilo ali realmente aconteceu. Pode ser uma lenda urbana, mas aconteceu (SIC). Então eram coisas que já tinham
    acontecido e a gente achava que era uma brincadeira.
  • Eu amo filme de terror. Tem algumas coisas muito boas ali.
  • Gostei porque na maioria dos episódios tem muita informação. Eu gostei também pelo farto de serem episódios curtos.
    Pela quantidade de informação que tem ali eu achei 13 minutos um tempo bom. Você consegue ouvir mais de um em
    seguida. Pelo fato de ser suscinto e trazer bastante informação eu gostei.
  • Ah eu gostei bastante sobre o elevador, das 13 vítimas e a loira do banheiro. Eu gostei do que ele falou, foi rápido, foi
    suscinto. Nada cansativo.
  • Eu acho que conhecer um pouco mais das lendas. A loira do banheiro o que passam na escola é uma outra fase e a gente
    acaba sabendo de uma outra parte da lenda que a gente não conhecia. Na infância você escuta falar da loira do banheiro
    e que você tem que apertar e falar o nome dela três vezes. Eu já sabia essa outra história que era apertar a descarga.
  • Aprendi muitas coisas, inclusive a história do casarão do Bixiga que eu fiquei sabendo que ele tinha um negócio no rosto e
    por isso ele foi chamado de Bixiga, coisa que eu também nem imaginava.

FORMATO DO PROGRAMA

  • Um aspecto elogiado no formato foi a música de fundo por criar
    “Suspense”
  • Algumas oportunidades de melhoras foram apontadas:
    – O fato do programa não contar com efeitos sonoros
    – A introdução de cada episódio foi considerada longa demais

VERBATIM

  • Eu acho que quando eles falam que é maçante é porque é parado, é contado, não tem efeitos sonoros. Mas em termos de
    aprendizado eu gostei do formato, fica como aqueles livros que vai lendo ali para você.
  • Eu acho que só faltou efeito sonoro para a gente imaginar.
  • Aquela música de fundo dá um suspense: “ah eu quero terminar de ouvir, eu quero saber como vai terminar essa história.
  • Eu gostei do formato, só achei que a introdução poderia ser um pouco menor. Muito tempo explicando o que é lenda, o
    que é o programa até chegar no tema mesmo. Acho que é a única ressalva que eu faria. A introdução do primeiro
    programa eu até entendi que estava explicando o formato, fala sobre o que é a lenda. Mas nos próximos episódios a
    introdução continuou grande e eu achei que ficou excessivo.
  • Mas o formato, o tempo, a quantidade de histórias que parece que é separado por temporadas, veio 10 primeiro, eu achei
    bem legal o formato

O QUE MAIS IMPRESSIONOU

  • Alguns aspectos do programa impressionaram os participantes do grupo:
    – O tipo de conteúdo (por estar numa rádio comunitária)
    – As informações sobre a faculdade de direito do largo São
    Franciso
    – História de Dona Iaiá
    – História do bebê diabo – o fato dele ter fugido do hospital
    – A história que mais impressionou foi a do palhaço que roubava crianças

     

VERBATIM

  • Uma coisa que eu achei bem legal é esse tipo de conteúdo numa rádio comunitária. Achei bem interessante porque conta
    a história dos bairros ali, da cidade de São Paulo que não é contada mesmo. Às vezes a gente mora na rua Ministro não sei das quantas e não sabe quem é o ministro.
  • Muitas informações da faculdade de direito do Largo São Francisco. Eu não sabia de coisas que tinha sido lá antes como o convento, então. A qualidade do conteúdo foi o que me surpreendeu.
  • Eu fiquei impactada com a história da Iaiá que ficou claro para mim que foi um jogo de interesses. Ela podia até ter
    alguma doença, mas eles usaram mais para pegar a fortuna dela. Achei muito proveitoso a rádio fazer esse levantamento
    histórico, eu gostei bastante.
  • Eu acho que me impressionou foi a história do bebê diabo. Que ele foge do hospital e a gente fica imaginando: como é que
    um bebê foge do hospital?
  • E a história do palhaço que até hoje aparece palhaço roubando criança. Vira e mexe tem essa história: a kombi, o palhaço que roubava criança.
  • Olha eu ia falar que é o roubo dos órgãos das crianças. Realmente me impactou. Meu filho estava escutando comigo e
    falou:” mãe, isso aí não é o homem do saco?”. E não tem nada a ver por que eu acho que hoje a geração da minha idade,
    de 35 anos para baixo, quando vê palhaço tem muito medo por conta dessas histórias, da lenda, sempre associa palhaço
    com algo ruim.
  • Foi a história do palhaço também, eu estava ouvindo com o meu filho e ele ficou com medo de ouvir. Foi a que mais me
    impactou, a que mais me deixou impressionada. Eu vou fazer 30, estou na faixa etária que ela falou.

O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA

  • O programa possibilitou algumas “descobertas” pelos particioantes do grupo:
    – Das histórias do largo São Francisco
    – Loira do banheiro (havia um participante que desconhecia)
    – A história de Dona Iaiá
    – O fato de Antonio bixiga ser chamado assim em função das
    marcas no rosto (por ter contraído varíola)
    – Que o primeiro cemitério público foi no atual bairro da
    Liberdade

VERBATIM

  • Praticamente todas as histórias e por causa dos detalhes. Igual a loira do banheiro que a gente sabia de um jeito, na minha época na escola me falaram de um jeito e na história mostraram que era completamente diferente.
  • Principalmente as histórias da escola de direito do Largo São Francisco. Foi curioso para mim porque eu passo bastante em frente ali. É coisa que você não imagina.
  • Também do Largo São Francisco, da loira do banheiro, da história dela que eu não sabia. Os principais foram esses dois. O resto eu já conhecia, já tinha ouvido falar algo.
  • O da Iaiá que eu não sabia mesmo. Das 13 almas eu também não sabia, não conhecia.
  • Que o Antônio Bixiga pegou uma doença chamada varíola e conforme o rosto dele ficou deformado foi apelidado. Eu nunca ia imaginar isso.
  • Que o primeiro cemitério público, não me recordo direito se foi de São Paulo ou do Brasil, foi feito na Liberdade. Era uma região em que tinha exército, tinha bastante escravo. Isso me deixou bastante reflexivo sobre o contexto ali. Esse primeiro cemitério público foi feito para animal e escravo que na época era a escória da sociedade, os caras se preocuparem em
    fazer um cemitério para quem eles não queriam ao invés de fazerem um cemitério para a sociedade em si. Isso eu achei bem bizarro.

AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR

  • Algumas oportunidades de melhorias foram apontadas:
    – A falta de efeitos sonoros teria tornado as histórias “Cansativas”
    – A introdução de cada episódio foi considerada demasiado longa
    – Foi sugeria “troca de vozes” (ex.: No momento em que menciona uma mulher, colocar a voz dela com o que teria dito)

VERBATIM

  • Eu gostei das histórias só que eu achei muito cansativas. Ele podia ter colocado mais barulhinho, mais musiquinha, tipo Gil Gomes porque eu acho que chama mais a atenção. Eu acho que se fica muito falado fica cansativo. Eu lembro que quando eu era pequena e escutava as histórias tinha barulhinho, grito.
  • Eu concordo com o que a amiga falou de dar um pouco mais de dinâmica, mas eu gostei bastante. Um pouco mais de efeito como a amiga falou e deixaria as introduções mais curtas.
  • Eu vou concordar com ele: a introdução. Poderia ser mais curta, ir direto ao ponto da história. A gente fica esperando, esperando, demora muito para começar e a gente acaba ficando ansioso.
  • Também achei a introdução cansativa. Muito longa. A finalização eu achei legal: as músicas você deixar rodar mais tempo.
    Repertório maravilhoso, mas a introdução poderia ser menor, ir direto ao assunto.
  • Se eu falar introdução vai parecer muito clichê, né? Mas eu acho que a introdução poderia usar até um pouquinho do sonoro para poder prender mais porque eu acho que a introdução ficou repetitiva, parecia que era a mesma para todos porque ele falava do mesmo jeito então ficou cansativa a introdução.
  • No primeiro dava para entender que estava ali iniciando então tudo bem, mas nos outros ficou a mesma coisa.
  • Eu acho também que se trocasse as vozes ia ajudar um pouquinho. Está contando a história e diz: “aí a mulher bateu na porta” aí coloca a voz da mulher. Acho que isso ajudaria bastante.

PROGRAMAS SEMELHANTES

  • Alguns programas foram mencionados como sendo semelhantes
    – “Lendas que o povo conta” – 105 fm
    – Gil Gomes
    – “Lendas urbanas” – no Domingo Legal do SBT
    – “Linha direta”

VERBATIM

  • Um de madrugada que ele fazia e contava essas histórias. Não era o Gil Gomes, era um outro. Agora eu não vou lembrar o
    nome. Era na rádio, há muitos anos, eu ia trabalhar. E eu escutava porque eu escutava de madrugada e no trajeto tinha
    “lendas que o povo conta”, ele falava assim. Eu acho que era na 105.
  • Assim de lendas, contos não. O formato eu gosto: de rádio, de podcast. O formato é familiar para mim. Há um tempo eu
    acompanhava na rádio da Cantareira, comunitária também, um programa de futebol que o cara fazia que era muito bom.
    Era curto e com uma quantidade de informação enorme assim, mas eu não vou lembrar o nome e nem quem apresentava.
  • Gil Gomes. Eu adorava. Contava as histórias, fazia os barulhinhos, os gritos.
  • Eu ouvi Gil Gomes na rádio, era AM ainda.
  • No SBT tinha no Domingo Legal. Era “Lendas Urbanas” que tinha no programa. E também o Linha Direta que agora voltou a passar. De rádio eu não me recordo nenhum.

SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)

  • Os temas sugeridos para futuros programas da emissora foram
    – Contar “histórias reais como se fosse o ‘linha direta’”
    – Histórias do bairro da Casa Verde
    – História da umbanda e do candomblé
    – Valorização de personagens regionais

VERBATIM

  • Contar histórias reais de crimes que aconteceram como se fosse o Linha Direta. Pode abrir a nossa cabeça, os nossos olhos para a gente se precaver de alguma coisa que pode acontecer, por exemplo, roubo de criança. Você já ouve, pode ficar mais atento nisso.
  • Meu vô contava muito histórias de palavrões, na minha família tem palavras que são proibidas. Ele contava e a gente ficava com muito receio de que aquilo pudesse acontecer e acabávamos não falando (mais o palavrão). É bem interessante marcar as crianças nesse quesito mostrando: se você for para esse lado.
  • Trazer histórias do bairro em si porque a rádio é do bairro e a Casa Verde é um bairro cheio de histórias, com muita escola de samba, muitos movimentos. Trazer história dos locais assim, história de personagem que é nome de rua, nome de escola. Mais regional, mais dedicado à Casa Verde.
  • Na verdade, se for contar história envolvendo os bairros vai ser uma lenda urbana também porque tem muitas histórias tristes.
  • Poderia contar histórias de muitas coisas que a gente não sabe. Vamos supor: tem a história da umbanda, tem a história do candomblé, tem o que aconteceu na vila, então eu acho que tem bastante informação. Tem coisa que eu tinha medo e hoje eu vim a saber que não é nada disso, então eu acho que tem muita coisa legal para contar.
  • Explicar de onde saiu o nome, porque é luz e porque é inferno. Acho que dá para explicar bastante coisa que o povo não sabe.
  • Seria bom apresentar um estudo de valorização de personagens regionais, nós temos heróis, muitas pessoas que batalham pela sua cidade, pela sua família, são exemplos e são esquecidos.
  • Ter uma grade diversa para todos os públicos.
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