Rádio DALILA FM

Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: Educação midiática
Emissora: Dalila
Data: 24.05.2024 (20h00)
Qtde. Participantes: 5

PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO

  • A reunião foi realizada virtualmente na noite do dia 24.05.24 (20h00)
  • O grupo estava composto por cinco (5) pessoas – 2 homens e 3 mulheres
  • As idades dos participantes estavam entre 24 e 58 anos

EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO

  • Os participantes do grupo ouviram entre 2 e 7 episódios do programa
  • Os participantes ouviram os episódios posteriormente, exceto um que ouviu no momento em que estavam sendo transmitidos pela emissora
  • Todos utilizaram o celular

VERBATIM

  • Eu cheguei a escutar 5 episódios, foi posteriormente e foi pelo meu celular.
  • Eu ouvi 7 áudios do hip hop do meu celular mesmo, posteriormente.
  • Também ouvi posterior, eu acho que só não ouvi uns 2 se me engano. Uns 10, por aí. Celular.
  • Eu ouvi 6 episódios, eu ouvi durante o serviço. Na hora que estava indo ao ar. Pelo celular.
  • Eu ouvi pelo celular, mas não ao vivo, eu ouvi depois. Eu ouvi 6 episódios.

AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU

  • O que os participantes mais gostaram no programa foram as informações passadas que possibilitaram “aprendizado” / ter conhecimento sobre a história do hip hop
  • Gostaram também da explicação sobre os 4 pilares do movimento

VERBATIM

  • Eu não sabia muito de onde tinha vindo a cultura do hip hop e aí a gente acaba aprendendo de onde veio, dos EU da parte ali do Brooklyn. Eu achei bem legal isso, depois que chega ao Brasil. A gente fala de uma época que não tinha Internet e mesmo assim depois de um tempo conseguiu chegar no mundo todo uma música que era mais de periferia, né. Para pobre e mostrou que não tem essa, todo mundo pode ouvir o estilo que se sentir mais à vontade, então eu achei legal isso.
  • Na verdade, eu gosto muito da cultura, eu sou ouvidor do hip hop. A gente que gosta da cultura a gente ouve as várias versões de como começou.
  • Eu gostei que fala da cultura hip hop que veio dos EU, do Bronx que é um bairro pobre e essa cultura fez 50 anos em 2023 e 40 anos de Brasil. Eu não sabia que era todo esse tempo e essa cultura veio das periferias, do povo negro, sem acesso à Internet. Naquele tempo não tinha Internet, não tinha nada, o que eu achei interessante foi os lambe lambes nos postes e isso chamou um número grande de jovens. Eles se reuniam lá na estação São Bento e antes lá na 24 de Maio. Eu moro aqui na região central e falei: gente, que interessante.
  • Falou que eles eram marginalizados e sofreram muito para mostrar a cultura deles. E sofrem até hoje, ali nos anos 80 e 90 surge o sindicato negro e é ligado ao instituto da Sueli Carneiro. Isso eu achei bem interessante. Ele fala dos 4 pilares, coloca os artistas, os que começaram como pichadores, que são Os Gêmeos que hoje são conhecidos mundialmente. Eu não sabia que era isso tudo não.
  • Eu gostei que eles fazem uma introdução bem legal, eles explicam tudo certinho de onde surgiu, os pilares, quem criou
    esse movimento, fala das críticas sociais que o hip hop até hoje faz, fala da periferia, das dificuldades do povo negro. Eu
    gostei disso: eles fazem uma introdução e fica bem explicado para quem não tem muito contato com o estilo, quem
    está tendo um primeiro contato com isso consegue entender legal.
  • Eu gostei de aprender um pouco mais sobre a história do hip hop, onde se iniciou lá nos EU e chegou aqui no Brasil. Eu também gosto de RAP, já fui em vários eventos da cultura, mas não tinha conhecimento da história e ouvindo isso eu aprendi um pouco mais como começou. E é interessante também porque toca várias músicas conhecidas do Racionais.
  • Foi bem educativo para mim, eu aprendi bastante coisa.

FORMATO DO PROGRAMA

  • O grupo apreciou o formato do programa. Consideraram:
    – Bem estruturado / “programa com começo, meio e fim”
    – A divisão nos 4 pilares
    – Fácil de entender / “linguagem não é maçante”
  • Gostaram do formato por ter trazido depoimentos de jornalistas e pessoas do meio

VERBATIM

  • É bem interessante porque tem início, meio e fim. Então é uma explicação básica e simples e dá para entender bastante.
    Dividiu os 4 elementos do hip hop que é o grafitti, o DG, a dança que é o Break e d música. Cada episódio explicou detalhadamente, então o formato é um formato simples para o entendimento.
  • Bem legal também e gostei das entrevistas que eles colocaram de jornalistas explicando. Achei bem legal. O formato dá para entender bem certinho mesmo para quem não é do gênero consegue entender o que eles querem mostrar com a cultura. Achei bem legal.
  • Achei superlegal, bem estruturado, a história é muito bem contada e é fácil de você compreender conforme vai escutando. Você não precisa saber muito sobre o gênero, sobre a cultura para você pegar e aquilo te prender. Eu gostei muito do formato também.
  • Também gostei bastante da linguagem que é usada, não é uma coisa maçante, é fácil de entender. Também gostei da parte em que colocam entrevistas de pessoas. Achei bem legal.
  • Eu gostei do formato porque ele traz jornalistas, as pessoas do meio e o percussor disso aqui no Brasil que foi o Nelson Triunfo. Achei interessante porque mesmo não sendo o seu gênero eles explicaram direitinho, coloca no formato quem foi, o ano que foi e no final coloca a música e mostra de quem foi (Racionais, DJ Thaíde).

O QUE MAIS IMPRESSIONOU

  • Os aspectos que mais impressionaram o grupo foram:
  • A “idade” do hip hop – já ter 40 anos no brasil
  • A criatividade e a evolução do gênero
  • Saber que o pagode (dos anos 90) “veio” do hip hop
  • A Dificuldade e o preconceito que sofreram
  • Os relatos dos envolvidos com o movimento

     

VERBATIM

  • Foi assim já estar há 40 anos aqui e não ser todo mundo que conhece o hip hop. Me marcou bastante a idade do hip hop, quando ele chegou ao Brasil e o Nelson Triunfo, mesmo sem Internet que não existia na época e mesmo sem a grande mídia eles conseguiam trazer um grande público, o pessoal. Que chegava e fazia as suas rodinhas e começavam a dançar e mostrar a sua arte com rádio grande com fita K7.
  • O que mais me impressionou é o que mais me impressiona até hoje no hip hop que é a criatividade, a evolução, sempre tendo músicas novas, o movimento crescendo. Começou com um estilo de som e depois foi diversificando e hoje tem vários estilos, então isso me impressiona. É a criatividade, é uma coisa original.
  • Foi saber que até a parte de pagode dos anos 90 foi inspirada em rádios que tocavam música para negros do hip hop e do rap e saber que faz sucesso até hoje. U não tinha noção disso e achei bem legal.
  • Também mostrar a dificuldade e o preconceito que o pessoal sofreu na época e o quanto eles tiveram que batalhar e fazer isso escondido. A polícia repreendia eles, mostrar isso e o que virou hoje em dia.
  • O que mais me chamou a atenção na verdade foi ouvir os relatos de quem vivenciou aquilo, o relato do cara da Gringo Records, o pessoal da Galeria do Rock. É legal ouvir os jornalistas falando, mas também da pessoa que viveu aquela história. O que mais me chamou a atenção foram os depoimentos com certeza.

O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA

  • O programa possibilitou algumas descobertas para os participantes do grupo, quais sejam:
    – Que membros de gangues do Bronx foram os entusiastas
    – Que o hip hop está ligado ao rap e ao break
    – A ligação com samba / pagode
    – Que há vários estilos dentro do hip hop
    – Que eles eram expulsos da 24 de maio pelos guardas
    – A dificuldade de chegar na mídia devido ao preconceito

VERBATIM

  • Que alguns membros de gangues no Bronx foram os entusiastas. Eu sabia que eles eram envolvidos vamos dizer assim, mas não sabia que partiu deles a ideia de formar os eventos mesmo que foram escondidos por conta de polícia. Eu sabia que eles eram envolvidos, mas não sabia que a ideia partiu deles.
  • Eu sabia do movimento hip hop, mas nunca me aprofundei. Eu não sabia que ele ligava o rap, o break, que tinha toda essa comunidade ligada. Eu sabia que era um movimento negro, um movimento periférico, mas
    eu não sabia que era ligado ao break, ao rap.
  • Ele coloca até no podcast o samba, o pagode e isso eu não sabia. No final ele fala do Gabriel, o Pensador, mas aí já é outro estilo, ele é rico, é branco, então tem toda a facilidade da grande mídia, coisa que esse pessoal dos anos 80 e 90 não tiveram.
  • Tudo foi uma novidade porque eu não acompanhava o hip hop, então me prendeu bastante. Eu fiquei sabendo de todo o início, de como começou e eu também fiquei sabendo que dentro do hip hop tem vários estilos.
  • Não sabia que começou lá na 24 de Maio e que eles eram expulsos pelos guardas e que eles foram lá para a São Bento e que começou a crescer o movimento aqui no Brasil e depois vieram algumas bandas de sucesso como o Racionais e eles foram lançando CD e fazendo parcerias com outros grupos e lançaram uma coletânea e ela engajou ainda mais o hip hop em todo o país.
  • Eu não tinha noção do quanto foi diƒícil chegar na mídia um estilo de a música que fazia sucesso. Eu imaginava que a música fazia sucesso pela qualidade independente de quem canta e de quem dança e não foi o que aconteceu por conta mesmo do preconceito.

AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR

  • Foram dadas algumas dicas e sugestões de melhorias:
    – Ter algum link de sites para o ouvinte poder pesquisar mais sobre o tema
    – Na apresentação / textos usar gírias utilizadas pelos jovens para trazer “mais gente” para o programa

VERBATIM

  • Eu achei tudo bem legal, não vejo o que poderia melhorar.
  • Eu acho que não precisaria melhorar não porque foi muito claro.
  • A qualidade é ótima, não tem muito o que dizer não. Uma dica: poderia ter mais link, mais site de pesquisa. Diria o link, o site para pesquisar. Não sei se atrapalha. Se estiver online poderia por uns links online para a gente pesquisar e ter as informações completas.
  • Formato foi bem legal, tudo o que foi falado foi bem explicado, a linguagem foi de fácil entendimento, mas eu acho que poderia usar uma linguagem um pouquinho mais jovem porque isso puxaria até um público maior para o documentário. Na apresentação usar um pouco mais das gírias utilizadas (pelos
    jovens). Uma linguagem do jovem hoje em dia.
  • Eu vou nessa mesma linha de raciocínio dela: acho que a linguagem poderia ser um pouco mais jovem no sentido de trazer mais gente para ouvir o rádio, o podcast até porque eu acredito que hoje o maior consumidor disso é o jovem.

PROGRAMAS SEMELHANTES

  • Alguns programas foram mencionados como “semelhantes”:

    – Manos e Minas (tv cultura)

    – Uma batalha de hip hop em um programa do Serginho Groisman

    – Um programa diário (20hs00) do dj fábio rogério na 105.1

    Estação Livre (TV Cultura)

VERBATIM

  • Sempre gostei muito de MANOS E MINAS que era na Tv Cultura que eles levavam muitos artistas lá. O mais parecido que eu lembrei agora é esse.
  • Eu assisti alguns episódios do MANOS E MINAS. Eu me lembro desse. Era muito bom.
  • A única vez que eu vi sobre batalha de hip hop foi uma vez que eu assisti no Serginho Groisman que mostraram uma batalha de grupo que dançava.
  • Além do MANOS E MINAS da Tv Cultura tem a 105 FM, a 105.1 que toca todo dia as 8 da noite rap com o DJ Fábio Rogério que é um ícone da cultura também esse Fábio Rogério.
  • Um programa que passa na Tv Cultura todas as sextas feiras que é o ESTAÇÃO LIVRE, começa as 22 horas. Passa o povo negro, o pessoal do grafitti.
  • Meu primeiro contato foi com esse programa mesmo antes eu não consumia esse tipo de material.

SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)

  • Sugestões de temas para futuros programas foram dadas:
    – MPB no período da ditadura militar / cantores que sofreram na ditadura militar
    – Programas de outros estilos musicais
    – Pagode
    – Reggae
    – Rock

VERBATIM

  • Essa parte da música popular mesmo, acho que até o MPB, como começou. Como era na ditadura militar o MPB.
  • Eu acho que poderia ser um braço desse programa e mostrar o pagode que era uma música periférica e que estourou.
  • Falando de música o início do rock nacional aqui no país, a cena aqui se São Paulo. Tem muita banda legal que acabou, deram um fim na carreira, mas que continua na ativa na ideia de vários fãs até porque o rock e o rap andavam juntos no começo.
  • Poderia falar dos cantores que sofreram na ditadura militar, nos anos de chumbo. Falar desse pessoal, fazer um trabalho de todos esses artistas que sofreram, que tiveram que sair do país, que tiveram músicas censuradas. Fazer nesse formato mesmo de episódios. Caetano Veloso, acho que poderia ser esse tema.
  • Abordar outros estilos musicais: o reggae, o rock, o pagode. Falando sobre o começo como foi e o impacto hoje em dia na sociedade. A cultura é uma forma de educação.
  • O programa me incentivou a pesquisar sobre o assunto. Se fizer de outros estilos de música seria bem legal.
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