Rádio SOUL VIDA FM

Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: Literatura marginal
Emissora: Soul Vida
Data: 10.01.2024 (20H00)
Qtde. Participantes: 4

PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO

  • A reunião foi realizada virtualmente na noite do dia 10.01.24 (20H00).
  • O grupo estava composto por quatro (4) pessoas – 2 homens e 2 mulheres.
  • As idades dos participantes estavam entre 32 e 63 anos.

EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO

  • Os participantes do grupo ouviram entre 2 e 6 episódios do programa.
  • Pelo celular ao vivo, i.E., No momento em que estavam indo ao ar.
  • Posteriormente também via celular.
  • Computador, enquanto trabalhava (no momento em que foi ao ar e posteriormente).

VERBATIM

  • Escutei alguns, mas partes, o primeiro sim eu escutei bastante. Achei meio pesado o título. Acho que só dois. Ouvi pela Internet, no computador.
  • Ouvi 4. Celular na hora que estava indo ao ar.
  • Em torno de 6 (episódios). Foi pelo celular também e não foi ao vivo, foi pelo YOUTUBE.
  • Foram 2 ou 3 episódios se não me engano. Foi o do hip hop e o da literatura, dos escritores. Eu trabalho no computador então acabei pondo no computador. Um (episódio) foi na hora (que estava indo ao ar) o outro foi depois.

AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU

  • Os participantes gostaram do programa por várias razões:
    – Abordou tema atual, com a realidade da periferia.
    – Episódios tiveram unidade (“um ia agregando o outro”).
    – Não usaram termos/palavras difíceis.
    – Do que falou sobre as crianças.

VERBATIM

  • Eu acho que a linguagem foi perfeita, aborda um tema bem atual que é a realidade das pessoas porque as pessoas da periferia não têm muita voz, então através do hip hop, das músicas eles acabam tendo voz.
  • Foi um episódio agregando o outro.
  • Eu gostei que a forma que eles falam é do jeito que costumamos usar, não falam muitas palavras difíceis.
  • Eu gostei de tudo, mas o que eu gostei mais foi do que fala com as crianças, incentiva elas a saírem da rua, projetos como contar histórias, então para as crianças é bom.
  • As histórias que eles contam, o programa em si eu gostei.

FORMATO DO PROGRAMA

  • O formato do programa foi apreciado, mas acham que a emissora deveria ter ido para a rua, “buscar” mais conteúdo para estender o programa.

VERBATIM

  • Eu achei que foi ótimo, mas poderia agregar mais coisas, como disseram ir para a rua porque aí você teria mais conteúdo para estender o programa, mas foi muito bom.

O QUE MAIS IMPRESSIONOU

  • Alguns aspectos do programa impressionaram o grupo:
    – A linguagem utilizada (“é muito nossa”).
    – Por explicarem o surgimento do hip hop.
    – As histórias infantis.
    – O fato de ter mencionado particularidades que a maioria desconhece (rap surgiu no fim da ditadura, se tivesse surgido antes a opressão teria sido ainda maior).

VERBATIM

  • A linguagem é muito a nossa
  • Sobre a fala do Felipe o rap de Guaianazes, deveria ter se estendido mais a entrevista com ele porque ele fala muito bem.
  • As histórias antigas, eu falo muito do hip hop porque foi o que eu mais gostei. Mas eles pesquisaram, eu não sabia como tinha surgido para falar a verdade e eles fizeram a arvore genealógica até chegar aqui. Isso para mim foi o que impressionou.
  • Foi no fim da ditadura que começou isso também marcou. Se tivesse seguido, a ditadura a opressão seria bem maior. São particularidades que o povo desconhece. Por isso essa abordagem que foi feita na rádio para mim foi espetacular.
  • Para mim tudo, eu gostei de tudo. As histórias infantis que abordam as crianças eu gostei muito.

O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA

  • Algumas coisas foram descobertas pelos participantes do grupo ao ouviram o programa, quais sejam:
    – A origem do Hip Hop.
    – Atividades (que desconhecia) de pessoas próximas .

VERBATIM

  • Então eu não sabia da origem, de onde veio e de algumas pessoas quer fazem parte da comunidade, que deram entrevista e que eu também não sabia. Pessoas próximas que eu não sabia que tinha ali. Eu não sabia que essas pessoas existiam. Eu passei a conhecer através do programa, do projeto.
  • Muita coisa. As vezes a gente convive com a pessoa e não sabe o passado, de onde ela veio.
  • Essas particularidades da ditadura, início do hip hop.

AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR

  • Possibilidades de melhorias foram apontadas pelos participantes do grupo:
    – Episódios poderiam ter duração maior.
    – Ter mais entrevistas (“ir mais para a rua”).
    – Dar mais voz para a comunidade.
    – Cada episódio mostrar um escritor / poeta “para a gente ir aprendendo”.
    – Um dos entrevistados (o mais jovem) manteria a duração do programa por achar poderia haver dispersão.

VERBATIM

  • A periferia já é descriminada muito com esse termo “literatura marginal” parece que marginaliza mais a periferia. O título. O contexto (do programa) é tudo o que acontece na periferia mesmo.
  • Poderia ter um tempo maior de duração, começa e quando começa a ficar gostoso o negócio, acaba. Fica o gostinho de quero mais.
  • Poderia ter mais tempo para dar mais voz para a comunidade. Deveria durar mais cada episódio, ter mais entrevista, ir mais para a rua.
  • Eu senti um pouquinho de falta da rua, do hip hop por exemplo eles fizeram uma pesquisa com um rapaz só que tem muitos, onde a gente mora tem muitas pessoas que poderiam falar.
  • Do conteúdo eu gostei de tudo só que no meu entendimento ficou muito pesado o título.
  • Ter mais conteúdo, ir mais para a rua. Esse mundo do hip hop aqui na zona leste é gigantesco, tem muitos bairros com muitos MCs então se fizer um trabalho focado em cada região o conteúdo vai ser bem maior.
  • Vou pegar um gancho, os escritores que foram citados eu não conhecia. Seria legal se em cada episódio mostrasse um escritor um poeta que a gente iria aprendendo, conhecendo. Seriam pessoas novas e um conhecimento novo para a gente também.
  • Muitas vezes tem gente próxima da gente que tem um histórico que a gente desconhece então se a gente aborda essas pessoas trás um conhecimento para gente e para o ouvinte. Você vai aprendendo mais sobre a área.
  • Eu gosto de coisas curtas, vídeo curto, falas curtas aí bate de frente porque tem gente que quer mais longo. Para mim eu acho cansativo uma coisa de 20 minutos eu perderia o foco.
  • O tempo dele para mim está bom, mas teria que trabalhar com o povo nas comunidades, falar mais com o jovem das periferias.

PROGRAMAS SEMELHANTES

  • Dois programas semelhantes, embora antigos, foram lembrados pelo grupo:
    – Há muitos anos havia o programa “Voz da periferia” transmitido pela rtc.
    – Programa “central da periferia” na TV Cultura.

VERBATIM

  • Nenhum
  • Não, nunca vi.
  • Eu já ouvi, mas há muitos anos atrás. Tinha uma rádio  chamada RTC que era da zona norte e lá tinha um programa chamado a voz da periferia que abrangia vários tópicos.
  • Por rádio não eu assistia a tv cultura na época que tinha um programa que eu esqueci o nome. Tinha algo relacionado a periferia que abrangia isso.
  • CENTRAL DA PERIFERIA o programa que ele falou da Tv Cultura.

SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)

  • Alguns temas para futuros programas foram sugeridos pelos participantes do grupo:
    – Jogos / programa para gamers.
    – Continuar com o mesmo tema e mostrar “o lado feliz da periferia”.
    – Família.
    – Drogas.
    – Trabalhos com jovens (S.E.).

VERBATIM

  • Programas relacionado a gamers porque o jovem está voltado a esse mundo.
  • Para a periferia eu continuaria no mesmo tema, o que afeta os jovens, o que querem que melhore, seriam esses projetos. Contar também o lado feliz da periferia.
  • Mais trabalho com jovens.
  • Família, drogas tem vários temas que você pode trabalhar.
  • Eu colocaria esses tópicos no tema da periferia e não trabalharia só a parte negativa porque na periferia tem também muita coisa boa que acontece lá dentro e a gente não conhece.
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