Rádio VILA ALPINA FM

Pesquisa qualitativa (focus group)
Programa: “Elza Soares, a voz do milênio”
Emissora: Vila Alpina
Data: 29.02.2024 (20h00)
Qtde. Participantes: 4

PERFIL DEMOGRÁFICO DO GRUPO

  • A reunião foi realizada virtualmente na noite do dia 29.02.24 (20h00)
  • O grupo estava composto quatro (4) pessoas: uma (1) mulher e três (3) homens com idades entre 53 e 60 anos

EPISÓDIOS OUVIDOS E DEVICE UTILIZADO

  • Os participantes do grupo ouviram entre 3 e 8 episódios do
    programa
  • Os episódios foram ouvidos no momento da transmissão e
    posteriormente sempre utilizando o celular

VERBATIM

  • Olha, os programas eu devo ter ouvido uns 3 ou 4. Eu usei o meu celular com o link da rádio. Na hora que estava transmitindo a reprise.
  • Eu consegui ouvir os 8 episódios pelo link da rádio. Com meu celular.
  • Ouvi os 4 primeiros, posteriormente. E depois eu ouvi mais uns 3. Foram 7. Com celular.
  • Eu ouvi pelo celular uns 3 programas.

AVALIAÇÃO – DO QUE GOSTOU

  • Os participantes do grupo gostaram dos seguintes aspectos do programa
  • Não haver interrupção de comerciais
  • Programa possibilitar “voltar ao passado” (“quando era criança e ouvia rádio”)
  • Através do programa soube coisas que não conhecia sobre Elza Soares
  • Metade dos episódios trouxe informações que desconhecia
  • A “imparcialidade” do programa

VERBATIM

  • O programa foi extremamente maravilhoso.
  • Eu não sabia de tudo da Elza Soares então saber tudo o que ela passou desde a infância, isso me agradou demais.
  • Não ter aquela intromissão toda de comerciais e de passar a informação toda direto e todos os episódios foram resumidos. Foi elucidativo. A vida dela com aquele preconceito todo, passando os anos no anonimato por causa dele interferindo na vida dela. Eram coisas que a gente não sabia.
  • Fez eu voltar no passado, em casa sempre se ouviu rádio. Eu lembro quando meu pai comprou um Motorola na cooperativa.
  • A gente acompanhou e a imprensa não perdoou mesmo a Elza na época. O narrador até faz a gente viver aquele tempo, os anos 60 e 70.
  • Nossa sociedade sabe criticar, mas encontrar a solução para um problema como o alcoolismo do Garrincha… ele foi o grande campeão de 58 e 62. Lá no passado ninguém colocou isso. Ela (Elza) tentou ajudar o Garrincha e nesse programa. A gente ficou sabendo.
  • 4 capítulos a gente sabia de cor e salteado que era tudo o que se fofocava no Brasil e 4 capítulos foi de coisas que a gente não sabia. A morte do menino que era filho do Garrincha.
  • História de vida dela, mas não morro de amores por ela, nem a história de vida e nem musicalmente. Foi e não foi interessante. Nunca gostei de MPB.
  • Foram 8 aulas em que foi discutida a vida dela de forma imparcial.

FORMATO DO PROGRAMA

  • O formato do programa foi bem avaliado:
    – “Bem falado” / “explicado”
    – “Elucidativo”
    – “Uma aula”
    – “Formato de radio antigo” (obs.: Sentido positivo)
    – “Locutor não parecia estar lendo, interpretava”

VERBATIM

  • Em si o formato foi bom, uma abordagem interessante, nos 3 que eu assisti foi bem falado, foi bem explicado.
  • Não é como as vezes que o pessoal dá volta num círculo redondo e não explica nadaç
  • Elucidativo total, uma aula. Falas constantes para quem quer entender é perfeito.
  • Eu não sabia nada de Elza Soares apesar de ouvir LATA DA ÁGUA NA CABEÇA, então eu gostei muito de saber, da rádio ter explicado toda a vida dela para a gente.
  • Sobre o formato do programa eu acho que ele falou de um jeito que se falava antigamente na rádio, como quando eu era criança e escutava rádio. Esse formato chama a atenção de nós que temos o costume de ouvir rádio. O formato é o que a gente viu quando criança e chama a atenção.
  • O locutor parecia que não estava lendo, ele estava interpretando.

O QUE MAIS IMPRESSIONOU

  • Alguns pontos do programa impressionaram os participantes do Grupo:
    – A “imparcialidade” (“mesmo sendo um programa sobre elza
    Soares não pendeu para um lado ou outro” – para garrincha ou Elza Soares
    – “Formato flashback do radio”
    – Ficar sabendo de coisas que não sabia
    – Elza ter usado drogas
    – Ter estado em depressão profunda

     

VERBATIM

  • O texto falou sobre a artista e a pessoa. Ela é uma pessoa que, como qualquer uma, ralou para ter o dinheiro dela e as pessoas ditas como boas, entendidas, pessoas de bem da sociedade atrapalharam a vida dela e do Garrincha. Foi bem claro como colocou isso. É fácil criticar e difícil ajudar uma coisa dar certo.
  • Eu gostei do formatão que nem o amigo ai falou da velha guarda do rádio. Me deu um flashback gostoso.
  • A imparcialidade, não pendeu nem para um lado e nem para o outro mesmo sendo um programa da Elza.
  • O que mais me impressionou foi a rádio ter ido buscar coisas que eu não sabia como a Elza ter usado drogas, ter estado numa depressão profunda. A gente realmente não sabia de todo esse problema que ela passou.

O QUE “DESCOBRIU” OUVINDO AO PROGRAMA

  • Algumas “descobertas” foram feitas através do programa:
    – Que elza soares foi morar na europa em função do regime militar / teve a casa invadida pelo dops
    – Que foi a voz do milênio
    – Elza Soares ter utilizado drogas
    – O filho de Elza ter morrido

VERBATIM

  • Uma coisa que a gente não sabia que a imprensa não falou é que ela foi morar na Europa expulsa pelo regime militar. Era proibido falar também.
  • O 6, o 7 e o 8 por não ter compromisso com o patrocinador pode contar como foi a vida dela. Ela foi a voz do milênio e nós não sabemos disso porque a imprensa oficial não diz nada.
  • Foi ela ter usado drogas, ter sido expulsa, a casa dele ter sido invadida pelo Dops, o filho dela ter morrido.
  • Sobre a Elsa usar drogas, isso que eu te falei.
  • Uma parte que a gente não sabia é que ela tinha ido para a Europa quando ficou sumida. A gente não sabia que muitos artistas brasileiros foram pressionados pelo governo militar para sair do país. Essas pessoas que formavam opinião eram personas non gratas e foram forçadas a sair pelo golpe militar de 64. A parte negra da história do país nesses últimos 60 anos e a gente vê o pessoal querendo reviver isso, é um absurdo.
  • Esse histórico todo do que ela passou. Esses acontecimentos todos, a perseguição. A biografia dela eu não morro de amores, não me interessa. O que mexeu comigo foi esse fundo do que acontecia.
  • Essas coisas de como a trajetória de ambos foi sufocada pela mídia.

AVALIAÇÃO – O QUE PODERIA MELHORAR

  • Não foram apontadas oportunidades de melhorias para o programa, apenas uma sugestão:
    – Deveria ter conseguido uma entrevista exclusiva com alguém
    – Que conviveu com Elza Soares

VERBATIM

  • O programa já foi firmeza pra caramba. Só se conseguisse uma entrevista exclusiva da radio com alguém que conviveu com ela. Mas o resto está firmão, está da hora.
  • Para mim não precisava mudar nada, está perfeito.
  • Nada.
  • Nada.

PROGRAMAS SEMELHANTES

  • O único programa semelhante citados por um dos participantes do grupo foi um documentário inglês de rock em vídeo (sobre os Rolling stones)

VERBATIM

  • Nenhum.
  • Documentários ingleses dos Rolling Stones em vídeo.
  • Nenhum.
  • Nenhum.

SUGESTÕES DE TEMAS (NOVOS PROGRAMAS)

  • Alguns artistas foram sugeridos para serem focados em futuros programas da emissora:
    – Ney matogrosso
    – Demônios da garoa / adoniran barbosa
    – Made in Brazil
    – Secos e molhados
    – Cólera
    – Cazuza
    – Underground brasileiro
    – Punk nacional

VERBATIM

  • Ney Matogrosso que o cara é muito 10. O histórico de vida dele é muito interessante.
  • Aqui em São Paulo a questão dos Demônios da Garoa, do Adoniran Barbosa.
  • Made in Brazil lá da Pompéia.
  • Secos e Molhados.
  • Cólera (banda).
  • Cazuza.
  • Underground brasileiro.
  • Punk nacional.
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